Tudo começou com um simples “jeito na coluna”. Heloísa, uma mulher de classe média, batalhadora, que sempre dividiu seu tempo entre trabalho, casa e família, ignorou aquela dorzinha nas costas. Afinal, como tantas de nós, ela estava acostumada a colocar as necessidades de todos à frente das suas.
Mas aquela dorzinha, que parecia inofensiva, foi crescendo. Primeiro, virou um incômodo constante nas costas. Depois, se espalhou para as pernas. Até que, um dia, levantar da cama se tornou um desafio diário. Aos poucos, tarefas simples como brincar com os filhos, fazer compras ou até mesmo sentar no sofá para assistir TV se tornaram verdadeiros tormentos.
Heloísa começou a se sentir uma prisioneira dentro do próprio corpo. Ela via as dores crescerem e, junto com elas, suas limitações. Analgésicos já não faziam mais efeito, e ela sentia que a esperança estava escapando por entre seus dedos.